sexta-feira, 28 de maio de 2010

XIV. Conflitos de interesse e diversidade dos pontos de vista

Conflitos de interesse e diversidade dos pontos de vista

O ciberespaço democratiza a informação porque cada pessoa conectada à rede pode construir e partilhar sem ser restringida. Porém, os Estados fazem prevalecer suas indústrias e sua cultura por interesses próprios e censuram aqueles que podem intervir. Mas, os produtos da comunicação e dos programas devem dar suporte digital ao seu comercio, pois assim serão mais eficientes com o uso dos saberes de cada individuo distribuído por todos os lugares.

Abertura do devir tecnológico

Qual a tendência que a tecnologia irá seguir é uma questão de difícil resposta. É impossível para alguém que conhece bastante técnicas possa dominar os fatores que contribuem para a evolução da cultura digital porque sempre irá existir algo novo em qualquer lugar do mundo.

O ponto de vista dos comerciantes e o advento do mercado absoluto

O mercado deve se juntar ao ciberespaço para gerar mais renda em seus negócios, pois os usuários poderão ter acesso aos seus produtos de maneira mais fácil. Então, esses produtores devem dominar a tecnologia como instrumento de prestação de serviços e ferramenta que dará pontos positivos em sua economia.

O ponto de vista das mídias: Como fazer sensacionalismo com a net?

A televisão e a imprensa dita o que será divulgado pelo o que o público se interessa, então apelam para o sensacionalismo falando que o ciberespaço é um meio para o terrorismo, a máfia, pedofilia e outras formas de crime. Mas, isso também pode ocorrer em outros meios de comunicação. Contudo, o ciberespaço permite que sejam difundidas várias versões dos fatos sem sofrer interferência da mídia clássica. Por isso, existem conflitos entre esses meios de propagação da informação.

O ponto de vista do “Bem público”: A favor da inteligência coletiva

Qualquer expressão sobre a internet acaba estendendo-a cada vez mais, levando a um questionamento de resposta indefinível sobre o seu futuro. De qualquer maneira todos devem participar para desenvolver uma economia mais valorizada, políticas com abordagem mais participativa, e criação coletiva da cultura. Esses são os ideais da inteligência coletiva para disseminação de conhecimento e uma qualidade de vida melhor para o público.

XV. Crítica da Substituição

PROBLEMAS

Este capítulo do livro cibercultura dedica-se à desconstrução dos mitos criados pelos críticos da rede e mostrar como a internet é capaz de democrati-zar o acesso a informação.

CRITICA DA SUBSTITUIÇÃO

Com o surgimento da internet, crescimento das telecomunicações e tele presenças muitos críticos passaram a argumentar equivocadamente que o fe-nômeno da cibercultura fez com que as pessoas substituem-se o real pelo vir-tual.
Para eles essas novas formas de se comunicar estariam substituindo as antigas e tradicionais comunicação entre as pessoas.

Esta é uma visão equivocada, pois o movimento da cibercultura faz e-mergir novas oportunidades de interação entre as pessoas oferecendo desen-volvimento. Dentre elas podemos citar tecnologia que visa facilitar a vida do utilizador: portadores de deficiência atualmente conseguem resolver problemas difíceis de ser resolvido por causa das suas limitações.

SUBSTITUIÇÃO OU COMPLEXIFICAÇÃO

Uma das idéias mais erradas que é criada por muitos críticos, publico culto, políticos e pessoas que tem um tempo de vida mais longo é que o cres-cimento da comunicação pelo ciberespaço venha substituir o contato humano direto.

Substituição do mundo real pelo virtual, o antigo pelo novo e do natural pelo técnico.

Mas uma analise feita mostram que o surgimento de novos modos de comunicação e de expressão não substitui completamente as anteriores. O surgimento da escrita não fez que as pessoas falam-se menos, pelo contrario aprimorou e intensificou mais ainda o necessário do ser humano de se comuni-car oralmente.

A invenção da fotografia e do cinema também não substituiu a pintura e teatro respectivamente, apenas trouxe novos ambiente de interação. As pesso-as não deixaram de apreciar uma pintura por existir a fotografia e nem assistir uma boa peça de teatro só por que existe o cinema.

CRESCIMENTO PARALELO DAS TELECOMUNICAÇÕES E DO TRANSPORTE

O desenvolvimento da telefonia levou uma diminuição dos contatos face a face e uma recessão dos transportes? Claro que não, com o desenvolvimen-to de ambos quanto mais telefones eram instalados mais crescia o trafego ur-bano.

A explicação sobre o crescimento simultâneo dos instrumentos de tele-comunicação e de transporte se deve da necessidade das pessoas que mais recebe e fazem mais chamadas telefônicas são também aquelas que viajam mais.

O fato da maioria das pessoas utilizarem mostra os quantos à telecomu-nicação e deslocamentos físicos estão unidos.

A imagem de um homem terminal onde se relaciona apenas através de uma tela de computador não é mais do que um fantasma criado pela falta de conhecimento sobre os fenômenos em andamento de desterritorialização, uni-versalização e de aumento geral das relações e contatos de todos os tipos.

AUMENTO DOS UNIVERSOS DE ESCOLHA: A ASCENSÃO DO VIR-TUAL PROVOCA A DO ATUAL.

Na esfera cultural examinemos o caso que ocorre onde temia que com a criação dos museus virtuais número de visitantes de museus reais diminui-se, mas examinando a historia chegou-se a conclusão que quanto mais realizada a multiplicação de revistas, livros de arte, catálogos de museus mais o interesse das pessoas em visitar estes locais.

Segundo Pierre Lévy poderia resumir a tendência histórica da seguinte forma: Quanto mais as informações se acumulam, circulam e proliferam, me-lhor são exploradas (ascensão do atual).

XVI. Crítica da Dominação

IMPOTÊNCIA DOS ATORES “MIDIÁTICOS“

E verdade que os estados mais poderosos podem agir sobre o ciberes-paço de diversas maneiras, mais possui ação limitada quando o assunto e ori-entar o desenvolvimento de um dispositivo de comunicação que se encontrar ligado ao funcionamento da economia e da tecno-ciência.

Quem revolucionou principalmente a construção da comunicação plane-tária foram os pesquisadores do CERN em genebra que desenvolvimento a Word wide e web
Movimento social da cibercultura que fez da web o sucesso atual, pro-pagando um dispositivo de comunicação e representação de seus ideais.

DEVEMOS TEMER O DOMÍNIO DE UMA NOVA “CLASSE VIRTUAL”?

Podemos tentar prever o que a internet se tornara no futuro e quais clas-ses iram dominar-la?

Em um dos cenários temos um ciberespaço onde à democracia eletrôni-ca, do saber compartilhado e da inteligência coletiva está a serviços de todos ou onde uma classe virtual composta por magnatas das indústrias dos sonhos (cinema, televisão, vídeo games) dos programas, da eletrônica e das teleco-municações, rodeados pelos idealizadores, cientistas e engenheiros que co-mandam o canteiro de obras do ciberespaço.

Em uma outra versão teríamos uma extensão do império militar, econô-mico e cultural americano.

Esse tipo de analise contém, evidentemente, alguma verdade, mas ape-nas em parte. A grande e rápida mudança que passa nossa civilização con-temporânea traz mudanças em diversas áreas, a militar, econômica, política e cultural. Algumas das forças atuais ganharam poder outras irão perdê-lo, en-quanto que sugira novas forças.

DIALÉTICA DA UTOPIA E DOS NEGÓCIOS

A internet nasceu de uma decisão do exercito americano permitindo a in-terligação de laboratórios dispersos pelo território americano.
Logo depois passou a ser utilizado para interligações de instituições de ensino com objetivo de compartilhar informações e pesquisas. No final dos a-nos 80 a rede começou a ser explorada por negociantes que disputaram entre si a venda de acesso, publicidades e transações econômica.

XVIII. Respostas a algumas perguntas frequentes

Os processos sócio-históricos são dinâmicos e se renovam constantemente, sendo assim, não possui uma verdade única, é mutável. Hora uma resposta pode satisfazer as questões levantadas e horas não.

“A cibercultura produz exclusões?”

Há o risco de produzir exclusões, assim como em todos os tipos de comunicação ocorre. A diferença é que a difusão da internet, por exemplo, segue uma corrente diferente das demais formas de comunicação, seu acesso é cada vez mais fácil e barato, os equipamentos utilizados também, além de ficarem mais fáceis de manusear.

Cada sistema novo gera exclusões, por isso é necessário educar as pessoas, para que quando sejam apresentadas a esses “Novos” sistemas possam reagir de maneira positiva.

“A diversidade das línguas e das culturas encontram-se ameaçadas?”

A língua padrão na internet e no mundo é o inglês. O conceito de internet nos remete a um meio de comunicação livre e democrático. Ao invés de pensar nessa diversidade como uma ameaça, deve-se pensar como uma solução. Existem mais potencialidades que ameaças. Há o fim da monopolização de expressão pública. Qualquer um pode se expressar massivamente a custo relativamente baixo. Os meios de dissipação são bastante variados e tendem a crescer no futuro. No entanto usuário pode filtrar o conteúdo da internet, passando um pente fino para encontrar a informação que ele deseja, independente de língua ou região de acesso. Através de comunidades, os usuários podem se conectar com outros usuários que buscam o mesmo conteúdo, difundindo o seu conhecimento sobre o abordado e enriquecendo a rede, independendo de barreiras físicas ou geográficas. A conversão dos idiomas do conteúdo das páginas não é novidade, mas vem se aperfeiçoando muito, ajudando a diminuir a barreira que há para os usuários que não dominam outras línguas.

“A cibercultura não seria sinônimo de caos e confusão?”

Todos podem alimentar a rede, sem controle ou censura. Como se pode confiar no seu conteúdo? Não há um órgão geral regulamentador do conteúdo do ciberespaço, mas o site hospedante do conteúdo são mantidos por pessoas e instituições que afirmam suas contribuições e procuram defender sua validade frente a comunidade de internautas. Se um site publica algum conteúdo ilegítimo, esse perderá credibilidade, sendo um negócio ruim, pois perderá usuários, acessos, publicidade e consequentemente perdendo patrocinadores, diminuindo sua renda. Funciona quase como uma editora de revistas.

“A cibercultura está rompendo os valores da modernidade européia?”

A cibercultura retoma os ideais iluministas, defende o debate e a argumentação, frente a uma verdade única, valoriza a participação comunitária. Essa troca de valores era considerada pelos filósofos das luzes como o principal motor do progresso. A cibercultura não é pós-moderna, só da continuidade aos princípios revolucionários do iluminismo igualdade (um um emite para muitos), liberdade (codificação e acesso) e fraternidade (interconexão mundial).

XVII. CRITICA DA CRÍTICA

CRITICA DA CRITICA
FUNÇÕES DO PENSAMENTO CRITICO

A cibercultura a cada dia se mostra em uma evolução surpreendente e com esse avanço estrondoso, também influencia bruscamente os hábitos dos seres humanos.
Por esse motivo temos que saber analisar melhor sobre o papel do pensamento critico.
Critica só por ser crítica não tem valor, a critica progressista se estiver positiva-mente se relacionando com os fatores necessários para o equilíbrio, ou seja, com fun-damentos de consciência dos valores e seus resultados finais, podemos aliar a cibercul-tura a uma vida melhor e consciente.
O pensamento critico, vem a questionar se as nossa convivência nesse mundo de bits e bytes está se mantendo em equilíbrio entre o mundo virtual e o mundo real.
No livro de Pierre Lévy, é feita uma citação sobre essa consciência:
“É preciso interrogar hábitos e reflexos mentais cada vez mais adequados às questões contemporâneas”;
Ou seja o mundo se modela e se remodela a todo instante a medida que o tempo vai passando esse processo se torna mais automatizado e por meio de máquinas daí vem uma pergunta:
O que fazer pra viver nesse mundo tecnologicamente globalizado? Ou fico distan-te sem de adaptar, isolado do mundo, ou me adapto e tento me adequar aos padrões.
São questões que precisam ser avaliadas para sabermos até onde estamos nos mantendo acordados para a realidade.

CRITICA DO TOTALITARISMO OU TEMOR DA DESATOTALIZAÇÃO?

Antes de começarmos é preciso conhecer dois conceitos muito citados no livro cibercultura de Pierre Levi universalidade e totalidade encontradas no dicionário
michaelis.uol.com.br.
-Universalidade: Doutrina que admite como critério da verdade, o consenso uni-versal.
-Totalidade: concentra todos os direitos e regalias no Estado, excluindo sistemati-camente as liberdades e prerrogativas individuais.
O ciberespaço é mais acolhedor do que dominador, podemos ver que é diferente da imprensa tradicional, do jornal, televisão, radio dentre outros centralizados que não permitem uma interação em tempo real e são limitados ao locutor, isso não ocorre com o ciberespaço contemporâneo.
Vemos no dia a dia o modo que a cibercultura esta modelando o habitat atual tra-zendo mais interatividade com o mundo virtual, mas sem deixar de viver o tradicional, como exemplo podemos citar a chegada da T.V. Digital que permite que o usuário tenha o Poder de escolha dos seus canais e programas prediletos, tem contato com uma am-pla diversidade de informações de todas as categorias possíveis.
Recentemente a tão poderosa Google.com anunciou que pretende investir tam-bém na mídia televisiva, trazendo toda interação que ela conseguiu criar aliando comu-nicação e tecnologia de ponta para dentro da nossa caixinha eletrônica chamada T.V..
No mundo tecnológico temos questionamentos freqüentes sobre as falhas que o mundo digital permite, como falsificações, roubo de dados manipulações entre outros que no mundo real, não são de agora mas sim sempre ocorreram: escutas telefônicas, arrombamento físicos, pelo correio ou pelas mídias clássicas.
Temos o contato com ferramentas que codificam e decodificam e facilitam o a-cesso a qualquer pessoa que queira explorar esse mundo de informações. Qualquer pessoa que tenha más intenções pode causar um grande estrago, pois ao ter domínio dessas tecnologias no fornecem um poder que antes o ser humano jamais imaginou possuir.
O ciberespaço tenta modelar um espaço universal mas sem totalidade, isso é possível pois nele várias pessoas de diferentes etnias classes e cultura trocam informa-ções a uma proporção incrível e o ser humano tem a necessidade e a capacidade de modelar esse meio.
As informações que trafegam na rede se modelam a uma grande velocidade, fo-tos podem ser editadas, músicas remasterizadas e totalmente modificadas, pinturas e desenhos recortados e remontados em um mundo que em um determinado momento não se sabe dizer ao certo se a mídia utilizada é original ou passou por algum processo de edição.
Temos que usar da consciência critica para aliar a experiência humanística de vida com a facilidade e exatidão que os recursos tecnológicos nos oferecem, por exem-plo, um médico pode utilizar desses recursos para ter contato com outros grupos de es-tudo e fóruns de discursão para trocar experiências consultas a bancos de dados reche-ados de diagnósticos prontos e equipamentos de ultima geração para permitir um diag-nóstico mais completo e poder ter certeza dos seus resultados, o que antes era difícil e era atribuído apenas a experiências vividas.

A CRÍTICA ERA PROGRESSISTA. ESTARIA TORNANDO-SE
CONSERVADORA?

No ponto de vista atual a critica vem se tornando uma grande aliada para denun-ciar os perigos, sejam informações de prevenção de doenças, denunciando problemas políticos traz a tona todos os problemas do mundo atual, mesmo que sejam acoberta-das, essas informações se tornam verdade pela dimensão que a cibercultura consegue disponibilizar e na sua velocidade.
A critica progressista teme que haja um regresso se esses recursos não forem bem manuseados e trabalhados, visto que podem sim ser utilizados de maneira inade-quada se tornando um grande problema para a humanidade.

AMBIVALÊNCIA DA POTÊNCIA

O poder adquirido pelo homem ao ter contato com toda essa tecnologia podem ser utilizados para o bem assim como para o mal, é como aquele ditado popular “é uma faca de dois gumes”, é o lado bom e o lado ruim, depende de quem esta com essa es-colha.
As pessoas que utilizam mais desse mundo digital conseguem absorver mais in-formações e se relacionar com mais pessoas, do que pessoas que trabalharam no nos-so passado.
Portanto esse equilíbrio deve ser mantido para que possamos ter uma vida social e tecnológica saudável.